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LER/DORT: entenda o que é!

LER/DORT: entenda o que é!

Buscar alternativas de combate à LER tem sido cada vez mais comum, principalmente no meio profissional. Isso porque a lesão por esforço repetitivo (LER) costuma se relacionar com as atividades realizadas no trabalho. É o caso de colaboradores que passam muito tempo no computador, que são motoristas etc. Desde que sejam demandas contínuas e por um longo período, é possível que se provoque a LER.

Assim, é causada uma dor e uma inflamação nos músculos, tendões e nervos dos músculos superiores. Logo, existem diversas doenças que se relacionam com esse problema, como tendinite, bursite, tenossinovite e muitas outras. Seja como for, o acometimento dessas patologias pode comprometer a qualidade de vida das pessoas e a realização de atividades simples.

Percebeu do que se trata a LER? Essa pauta gera muitas dúvidas sobre suas causas e formas de prevenção. Para se aprofundar no assunto, é importante aprender mais. Continue a leitura!

O que é a LER/DORT?

Como foi possível acompanhar, LER é a sigla para lesão por esforço repetitivo. Ela faz parte dos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). Patologias desse tipo, principalmente as causadas por repetições, são as que mais afetam os trabalhadores no Brasil. 

Para ser mais exato, dados do Sinan mostram que, entre os anos de 2007 e 2016, houve a notificação de quase 70 mil casos de LER/DORT. Assim, o crescimento registrado foi de 184%. Isso deixa claro que os profissionais estão mais expostos a risco, o que tende a causar incapacidade funcional. Entre as principais patologias existentes no quadro de DORT, podemos citar:

  • tendinite;
  • mialgias;
  • bursite;
  • tenossinovite;
  • síndrome de túnel de carpo;
  • dedo em gatilho;
  • epicondilite;
  • síndrome do pronador redondo;
  • síndrome do desfiladeiro torácico;
  • etc.

Quais são os sintomas da LER/DORT?

Para entender melhor a atuação da LER/DORT, saiba que esse problema de saúde modifica a estrutura osteomuscular das pessoas. Uma das alterações possíveis é com relação à sobrecarga, pelos movimentos repetitivos, o que pode prejudicar nervos, tendões, músculos ou articulações. 

Isso acontece porque a circulação sanguínea fica obstruída e incapaz de transportar sangue e nutrientes para as demais estruturas corporais. Então, os sintomas começam a surgir. No caso da LER, essa aparição costuma ser silenciosa. Os que são, de fato, nítidos tendem a se manifestar na fase mais avançada. Alguns dos que ocorrem com maior frequência são:

  • fadiga muscular;
  • dormência;
  • mal-estar;
  • sensação de peso;
  • fraqueza para segurar objetos leves;
  • contraturas musculares;
  • dor parestesia;
  • ligamentos e bursas sinoviais;
  • processos inflamatórios em tendões;
  • formigamento.

Naturalmente, esses sintomas tendem a prejudicar a qualidade de vida dos profissionais, além da produtividade e do desempenho em suas funções. Afinal, a força de trabalho é comprometida e a necessidade de afastamentos é mais frequente.

Mas, além disso, a existência da LER/DORT pode fazer com que a empresa tenha a obrigação de reparar o colaborador afetado, se comprovado que o problema foi ocasionado no trabalho. E, ainda, o INSS ou o seguro privado também são possíveis responsáveis por essa reparação. Ela consiste em pagamento de indenizações, processos de reintegração ou tratamentos. 

Por esse motivo, é importante ficar de olho nos sintomas dos colaboradores para evitar uma piora no quadro. Os locais que costumam ser mais afetados são o cotovelo, as mãos, os punhos, a lombar, o dedo e os braços. 

Como se dá o combate à LER/DORT?

Melhor do que combater a LER/DORT é pensar em medidas de prevenção para evitar o surgimento desse problema. Inclusive, no dia 28 de fevereiro, é comemorado o Dia Mundial de Combate à LER/DORT, o que torna especialmente importante antecipar-se com relação a esse quadro. 

Nesse sentido, saiba que o Ministério da Saúde recomenda que os empregadores levem em consideração a Norma Regulamentadora 17. Ela fala dos aspectos ambientais, estruturais e físicos que precisam ser aplicados na empresa para proporcionar mais saúde e qualidade de vida aos colaboradores. 

Mais do que uma recomendação, trata-se de obrigações sujeitas a punição e ressarcimento, caso haja o descumprimento dos parâmetros estabelecidos. Em resumo, alguns dos pontos mencionados na NR17 que ajudam a evitar a LER são:

  • investir em mobiliários adequados para melhorar a ergonomia;
  • passar orientações sobre a postura correta ao andar, ficar em pé e sentado no trabalho;
  • instalar o monitor do computador na linha dos olhos do colaborador;
  • acompanhar o ritmo de trabalho de cada um para que não haja sobrecarga;
  • promover pausas durante as atividades que provocam repetições de movimentos;
  • incentivar a prática de exercícios e alongamento para irrigar os tecidos.

As recomendações de prevenção variam conforme o tipo de serviço oferecido pela empresa, a rotina, o ambiente profissional e até o perfil do colaborador. Isto é, alguns podem fazer parte do grupo de risco e necessitar de atenção redobrada para evitar a LER/DORT. 

De qualquer maneira, saiba que, segundo a pesquisa já mencionada, a ocorrência desse problema tende a ser mais usual em alguns setores. É o caso das indústrias, da alimentação, do comércio, do transporte e dos serviços de limpeza. Assim, os profissionais mais atingidos são alimentadores de linha de produção, faxineiros, cozinheiros e operadores de máquinas fixas. 

Como é feito o diagnóstico de LER/DORT?

É possível que outros problemas de saúde sejam confundidos com a LER/DORT. Afinal, existem inúmeras patologias que podem causar os mesmos sintomas e não ter necessariamente relação com as atividades laborais. Portanto, é preciso que o colaborador passe por uma avaliação clínica para ter o diagnóstico. 

Nesse processo, o médico costuma pedir a descrição das atividades realizadas no dia a dia, dos sintomas e o histórico médico. E, ainda, é preciso complementar a análise com exames que verifiquem a região afetada e a gravidade das lesões. Ter essas respostas também é fundamental para definir o tratamento, que pode envolver um fisioterapeuta, o uso de medicamentos etc.

Então, conseguiu entender mais sobre como se dá o combate à LER e a sua relação com o quadro de DORT? Tirar essas dúvidas a respeito do problema de saúde é essencial para preveni-lo e realizar o melhor tratamento dele. Caso contrário, o seu colaborador tem a qualidade de vida pessoal e profissional comprometida, o que também prejudica diretamente sua empresa.

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2 comentários em “LER/DORT: entenda o que é!”

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