A expressão “burn out”, em inglês, quer dizer “queimar por inteiro”. É um mal que afeta ao extremo a saúde psicológica e física do trabalhador em um grau altíssimo de estresse, cansaço e indisposição, que o deixa desestruturado para exercer suas funções. O colaborador sente-se esgotado por completo.
Segundo pesquisa feita pela ISMA (International Stress Management Association), de cada 100 milhões de trabalhadores brasileiros, 30% foram diagnosticados com a síndrome. Nos últimos anos, as empresas estão mais atentas à doença, e uma boa medida para proteger os funcionários pode ser por meio da meditação no trabalho.
Quer saber mais sobre esse problema que se alastra no meio profissional? Então, continue lendo este artigo!
Entenda como a Síndrome de Burnout é vista atualmente
Por determinação da OMS (Organização Mundial da Saúde), a síndrome do esgotamento profissional, conhecida como Síndrome do Burnout, passa a ser considerada uma doença ocupacional. Essa determinação teve validade desde o dia 1º de janeiro deste ano (2022).
A Síndrome de Burnout foi acondicionada na 10ª Classificação de Doenças (CID-10), como Z73. Na CID-11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde), a doença obteve o código QD85. À vista disso, o profissional é totalmente amparado quando diagnosticado com esse distúrbio.
Quando a moléstia é confirmada, o trabalhador é afastado por 15 dias, sem perda da sua remuneração. Caso necessite de mais dias, o colaborador recebe o benefício previdenciário que o INSS oferece, ou seja, o auxílio-doença. Esse recurso orçamentário concede a garantia de o funcionário não ser desligado da empresa pelos 12 meses seguintes, sem justa causa, após a retomada ao trabalho.
Observe como a doença acontece
A Síndrome de Burnout é uma mazela que acontece lentamente. No início, os sinais são quase imperceptíveis. Isso faz com que a pessoa entenda que é uma simples indisposição provocada por outro problema, por exemplo, uma virose. Assim, acha que logo tudo vai ficar bem.
No entanto, a moléstia é progressiva e não pode ser solucionada sem que haja intervenção. É importante aplicar medidas para que o profissional seja poupado de ficar cada dia mais debilitado.
Normalmente, o Burnout só é detectado quando o colaborador atinge o ápice da doença. Contudo, os sinais não devem ser subestimados, e o quadro não deve ser entendido como um problema pessoal relacionado à vida familiar, por exemplo. O ideal é buscar assistência médica para ser avaliado por um profissional da Medicina do Trabalho, de preferência.
A doença aparece devido ao grande índice de exigências e pressão que os profissionais vivem continuamente no ambiente de trabalho. A competitividade do mercado e a busca por resultados promissores, que levam ao desenvolvimento do negócio, são os fatores que mais impactam a vida dos colaboradores, tudo isso, para que entreguem grandes resultados.
Saiba quais são os sintomas
Quando a síndrome ocupacional já está instalada, o colaborador revela sintomas que são bem perceptíveis por ele e por pessoas que conhecem a doença com mais profundidade. O conhecimento é um dos métodos mais eficazes para entender a condição que o profissional demonstra naquele período.
Durante o quadro, o funcionário apresenta alguns sintomas, como:
- cansaço físico e mental intenso;
- dores de cabeça frequentes;
- insônia;
- dificuldade de concentração;
- sentimento de insegurança e fracasso;
- fadiga extrema;
- humor inconstante;
- dores musculares;
- problemas gastrointestinais.
Veja como o diagnóstico é feito
Por ser facilmente confundida com outros problemas, o diagnóstico da doença ocupacional deve ser feito por um profissional especializado. Após uma consulta minuciosa e diversas indagações, o médico pode confirmar a mazela.
A forma usada para descobrir a síndrome é basicamente clínica. É preciso levar em consideração a história da pessoa, o seu desenvolvimento e como é a sua relação pessoal no trabalho. São utilizados, também, respostas psicométricas e um questionário que se baseia na Escala Likert. Essas ferramentas de consulta direcionam a uma conclusão eficaz sobre a saúde do colaborador.
Médicos psiquiatras e psicólogos são os profissionais de saúde habilitados para fechar um diagnóstico preciso da Síndrome de Burnout. Após a confirmação do quadro, o funcionário recebe as melhores orientações para dar início ao tratamento.
É importante saber que o SUS (Sistema Único de Saúde) e a RAPS (Rede de Atenção Psicosocial oferecem esse tipo de atendimento gratuitamente e de forma integral. O enfermo tem direito também a receber medicações, caso haja necessidade.
Entenda como a meditação pode ajudar
Como a doença ocupacional é ligeiramente relacionada a uma debilidade da saúde mental, a meditação é um recurso altamente indicado para suavizar os transtornos psíquicos. Sabe-se que as ações do corpo são o reflexo da mente. Sendo assim, a meditação reduz as ações negativas de forma generalizada.
A prática de meditação diminui o estresse, a ansiedade e os sentimentos de medo, solidão, insegurança etc. Ainda, ajuda a pessoa a relaxar para sentir-se mais leve e ter maior bem-estar físico e mental. Também melhora a concentração, a capacidade de observação e a produtividade na vida pessoal e no trabalho.
Uma boa meditação requer diversas técnicas que valem a pena colocar em prática. Para isso, é necessário:
- buscar um lugar silencioso e confortável;
- iniciar pela meditação guiada;
- estar atento ao fluxo e ao ritmo da respiração;
- fazer escaneabilidade corporal;
- relaxar os músculos.
Empresas que estão alinhadas com as práticas e técnicas que melhoram as condições de trabalho dos seus funcionários já adotaram a ginástica laboral como oferta de qualidade de vida para todos os seus colaboradores e gestores. Diante disso, é bem oportuno que a instituição também adote a meditação como forma de prevenir e curar transtornos físicos e psíquicos decorrentes do ambiente de trabalho, a fim de evitar a Síndrome de Burnout.
De acordo com orientações profissionais, a meditação no trabalho é um excelente recurso para aliviar as tensões que existem na rotina laboral, podendo minimizar a sobrecarga decorrente das inúmeras responsabilidades. A redução do estresse pode ocorrer com a prática de meditação e outros exercícios similares , como tai chi chuan, yoga etc. Essas ações agem como forma de fortalecer a mente e o corpo para serem resilientes e fortes frente aos impactos do trabalho diário.
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1 comentário em “Meditação no Trabalho: como ela atua na luta contra o Burnout?”
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