Cansaço fora do normal no trabalho? Cuidado!Isso pode ser burnout
Sobrecarga de trabalho, excesso de informações e as pressões do dia a dia estão levando os brasileiros a desenvolverem o estresse crônico e à exaustão, ainda mais no cenário atual “pós-pandêmico”, onde diversas empresas adotaram o teletrabalho em sua organização. Com tudo isso, as ocorrências de transtornos mentais aumentaram muito, elevando também o número de afastamentos do trabalho.
Segundo pesquisas realizadas pela International Estress Management Association (Isma-BR), cerca de 30% dos mais de 100 milhões de profissionais brasileiros sofrem da síndrome de Burnout, 47,3% apresentam sintomas de ansiedade e depressão, e desse total, 27,4% sofrem os dois simultaneamente.
Em vigor desde janeiro de 2022, a síndrome de Burnout passou a ser reconhecida e inclusa no Classificação Internacional de Doenças (CID-11 – QD85) pela OMS, caracterizada como doença vinculada ao trabalho, ou “estresse crônico de trabalho que não foi administrada com sucesso”. Além do Burnout, o CID 11 também inclui o estresse pós-traumático e exposição ocupacionais a fatores de risco.
Saiba como identificar os sintomas de burnout e quais são os direitos dos acometidos por essa doença. Confira!
O que é o Burnout?
É um distúrbio emocional com sintomas de exaustação extrema, estresse e cansaço físico e mental resultantes do excesso de trabalho. Os sintomas iniciais são:
- Sensação de esgotamento e falta de energia;
- Sentimentos de ineficácia e falta de realização relacionados ao trabalho;
- Produtividade reduzida;
Especialista apontam que os indivíduos que sofrem de burnout passam por três fases, são elas:
- De início, há um aumento repentino na produtividade, e o profissional passa a estender sua carga horária mais do que o recomendado, inclusive aos fins de semana;
- A segunda fase entra o surgimento de diversos sintomas, como taquicardia, falta de ar, dores musculares, dor de cabeça e insônia. Aqui também se nota mudanças alimentares;
- Já na terceira fase, o profissional chega à exaustão, que pode resultar em faltas ao trabalho e o descumprimento de prazos. Aqui também pode desencadear outros transtornos, como ansiedade e depressão.
Ao identificar os primeiros sintomas, o colaborador deve procurar de imediato um profissional especializado.
Fui diagnosticado com Burnout, e agora?
Se constatada incapacidade total e temporária para o trabalho, o colaborador deverá ficar afastado de suas atividades, encaminhado para tratamento médico e terá direito ao benefício previdenciário de auxílio-doença acidentário.
Todavia, caso seja verificada a incapacidade total e permanente para o trabalho, deverá ser concedido o benefício de aposentadoria por invalidez. Além da possibilidade de indenizações pagas pelo seu empregador por danos materiais e morais. Vale destacar que o INSS concederá os benefícios por incapacidade na espécie acidentária. Ou seja, apresenta nexo de causalidade com o ambiente de trabalho e a atividade profissional.
O empregador deverá emitir a comunicação de acidente de trabalho (CAT), conforme o artigo 22 da Lei 8.213.
Dicas simples que podem ajudar você a lidar com o burnout
Faça terapia!
Procurar um profissional para lidar com os sentimentos e emoções é um primeiro passo muito importante. Ele te ajudará na busca do autoconhecimento, através de técnicas e intervenções baseadas em evidências. Isso te motivará a enxergar por outras perspectivas, mudar comportamentos e pontos de vista.
O poder das atividades físicas
Está comprovado! Exercícios físicos ajudam bastante no tratamento psicológico, além de manter a oxigenação no cérebro e favorecer a produção de endorfina no corpo.
Cuide da sua alimentação
A alimentação é algo essencial na nossa vida, a forma que você se alimenta impacta diretamente a saúde, então, procure um nutricionista para que te auxilie a fazer boas escolhas alimentares.
Mude seus hábitos
Que tal uma corridinha pela manhã? Crie novos hábitos na sua rotina, como atividades artísticas, turismo e passeios ao ar-livre.
A empresa tem um papel fundamental com seus colaboradores, monitorar a rotina de trabalho, mesmo que remotamente, é uma medida preventiva que combate o burnout. Crie ambientes psicologicamente seguros e promova ações de preservação a saúde da mente, como treinamentos e atividades em grupo. Cuidar da saúde dos seus colaboradores, além de ser um compromisso ético, é um investimento que reduz o absenteísmo e potencializa a produtividade.
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